tireoide

Durante a gravidez ocorrem mudanças importantes no organismo da mulher e, especialmente, no funcionamento da tireoide. É normal, neste período, que a gestante apresente níveis de hormônios diferentes de mulheres não grávidas.

Esses hormônios têm papel importante no desenvolvimento saudável da gestação e do feto. Por isso, é preciso ter atenção, principalmente neste momento da vida da mulher. O mau funcionamento da glândula pode acarretar em problemas graves de saúde, tanto para mãe quanto para o bebê.

Confira abaixo as 10 coisas que você precisa saber sobre tireoide e gestação.

1. Durante a gestação, a glândula da tireoide materna é mais exigida do que fora deste período fazendo parte da fisiologia normal da gravidez. Além disso, a do feto só começa a funcionar plenamente a partir da 20ª semana.

2. A avaliação do hormônio TSH deve ser o primeiro exame a ser realizado pela gestante. É ele que vai avaliar qual o risco da gestante evoluir para uma disfunção tireoidiana ou diagnosticar um problema que ela já possa ter. Em disfunções mais discretas a recomendação é que se repita o TSH. Lembrando que é normal a gestante apresentar um TSH um pouco mais baixo.

3. Quando a glândula da tireoide não funciona corretamente pode trazer sérios problemas durante a gestação. Na gestante, pode contribuir para o aumento de sangramentos, abortos prematuros, além de hipertensão. Já com relação ao bebê, pode causar problemas mentais, déficit cognitivo e aparecimento de bócio.

4. O hipotireoidismo e o hipertireoidismo podem ser fatores para infertilidade. Toda mulher que está tentando engravidar precisa ter os hormônios da tireoide avaliados.

5. Para alguns especialistas, toda gestante deve ter a tireoide avaliada. Para outros, deve-se levar em consideração as gestantes de risco. Deve-se ter atenção com grávidas com mais de 35 anos, com história familiar e pessoal de doença tireoidiana e que tenham anticorpos positivos ou algum sintoma.

6. Uma vez que a gestante seja diagnosticada com alguma disfunção na tireoide, o tratamento deve ser iniciado imediatamente.

7. A adesão ao tratamento é muito importante para mãe e para o bebê. A ingestão do hormônio tireoidiano é diária e a dose pode ser ajustada de acordo com a evolução da gravidez. É normal que a dose estipulada no início seja alterada e, durante o primeiro trimestre, o monitoramento do hormônio é frequente.

8. Mesmo após o parto, a mulher não deve abandonar o tratamento se ainda apresentar o problema. É importante ressaltar que o hormônio tireoidiano não faz nenhum mal ao bebê. Com isso, a mãe pode continuar com a amamentação sem problemas.

9. É comum durante a gravidez que a gestante desenvolva um aumento da tireoide, formando pequenos nódulos. Não é necessário realizar ultrassonografia de rotina da tireoide em gestantes. Na maioria dos casos, esses nódulos não são visíveis e não trazem riscos à gestante. O ideal é acompanhar e tratar, se for o caso, após a gestação.

10. Em alguns casos, os níveis de hormônios tireoidianos voltam ao normal após a gravidez. Porém, é importante que essas mulheres fiquem atentas, pois o risco delas voltarem a apresentar novos problemas na glândula é grande.

Converse sempre com seu médico e siga todas as orientações.

*Consultoria das doutoras Patrícia de Fátima Teixeira, vice-presidente do Departamento de Tireoide da SBEM, e Fernanda Vaisman, diretora do Departamento.

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

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