depressão pós-parto

Depressão pós-parto está relacionada com dores após nascimento

Novo estudo da Escola de Medicina da Universidade de Harvard ressalta a importância de controlar dores durante o período de recuperação do parto para evitar a depressão pós-parto

Fonte: American Society of Anesthesiologists

Estudos anteriores defendiam que a dor do trabalho de parto aumentava o risco de depressão pós-parto. Mas, agora, pesquisadores afirmam que esta relação não existe. Ao contrário disso, a depressão pós-parto está relacionada às dores sentidas pela mulher no pós-parto, durante a recuperação.

“Por muitos anos estivemos preocupados em contornar a dor do trabalho de parto, mas não discutíamos maneiras de aliviar as dores após o parto e o nascimento”, diz o Dr. Jie Zhou, M.D., M.B.A., autor do estudo e professor de anestesia da Brigham and Women´s Hospital and Harvard Medical School, em Boston. “Nossas pesquisas sugerem que precisamos focar em como ajudar as mulheres a contornarem a dor que sentem dias após o nascimento do bebê”.

Os sintomas da depressão pós-parto – incluindo extrema tristeza, pouca energia, ansiedade, episódios de choro, irritabilidade e as mudanças na qualidade do sono e da alimentação – afetam uma em cada nove mulheres, de acordo com o Centro de Prevenção e Controle da Doença (Centers for Disease Control and Prevention – CDC). A depressão pós-parto também está relacionada com a diminuição da amamentação.

Participaram do estudo 4.327 mães de primeira viagem que tiveram seus filhos por parto vaginal ou cesariana no Brigham and Women’s Hospital, em Boston, entre 1º de junho de 2015 e 31 de dezembro de 2017.

As dores foram avaliadas desde o início do trabalho de parto até uma semana após o nascimento do bebê.

De acordo com o Dr. Zhou, a depressão pós-parto foi altamente associada com as dores sentidas durante o pós-parto. Mães que apresentaram depressão pós-parto afirmaram sentir mais dores durante a recuperação. Grande parte dessas mães tiveram seus filhos por meio de cesariana.

A pesquisa também afirma que a depressão pós-parto é mais frequentes em mulheres com sobrepeso ou obesas; que tiveram laceração no períneo; que têm histórico de depressão; ou que tiveram bebês com baixo índice de Apgar.

“Nós temos que fazer um trabalho de investigação para identificar as pacientes que têm maiores riscos de dores agudas no pós-parto e assegurar que essas mulheres tenham cuidado adequado nesta fase após o nascimento”, completa Dr. Zhou.

A pesquisa completa foi apresentada no Anesthesiology 2018 Annual Meeting, realizado entre os dias 13 e 17 de outubro de 2018, em São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos.

Acesse a pesquisa na íntegra: https://www.sciencedaily.com/releases/2018/10/181014142700.htm

 

 

 

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