Diabetes Gestacional – o que você precisa saber
Com informações da Ginecologista e Obstetra dra Juliana Chalupe Amado, do Grupo Nascer, de Curitiba.
Diabetes gestacional é uma condição transitória de aumento da glicose no sangue. Na gestação, há a necessidade do pâncreas aumentar a produção de insulina. Nos casos em que isso não acontece, a mulher desenvolve a doença. Não há sintomas clínicos e normalmente o diagnóstico é feito na rotina laboratorial do pré-natal.
Como a Diabetes Gestacional é diagnosticada?
O rastreio é feito no primeiro trimestre com um exame de glicemia de jejum. No segundo trimestre, fazemos o teste de tolerância à sobrecarga de glicose oral.
Quais as repercussões para o bebê?
O estado hiperglicêmico da mãe expõe o bebê a um aporte aumentado de glicose. Assim, o bebê da mãe portadora de DMG descompensada produz grande quantidade de insulina, metaboliza este aporte extra de glicose e acaba ficando grande para a idade gestacional, o que chamamos de macrossomia fetal.
A macrossomia é representada principalmente por um aumento expressivo da circunferência abdominal nas aferições ecográficas. Outras repercussões como aumento do líquido amniótico, maior chance de internamento em UTI neonatal e outras complicações podem acontecer quando não há controle da doença.
Como controlar?
– Equipe Multidisciplinar: sempre que possível é ideal reunir na sua equipe um médico Obstetra, um Endocrinologista, um nutricionista e um educador físico;
– Controle alimentar: opção é o que não falta. Excluir o açúcar da dieta não significa que a gestante terá que viver só de salada e água. Pelo contrário. O aporte de proteínas, gorduras e carboidratos de baixo índice glicêmico é imprescindível para o desenvolvimento adequado do bebê;
– Medir a glicemia: em alguns casos vale a pena usar um medidor de glicemia capilar. Medindo com frequência você saberá se o controle está indo bem;
– Atividade física: caso não tenha outras complicações, a gestante portadora de DMG se beneficia muito da atividade física regular.