grau da placenta

O grau da placenta interfere na data do parto?

Chega o último trimestre de gestação e alguns assuntos se tornam grandes preocupações para a mãe que está prestes a ter o bebê. O grau da placenta muitas vezes é um deles. E se essa também é uma preocupação sua, saiba que você pode ficar tranquila. Nem para os médicos essa informação, por si só, é tão importante assim. Sozinho, o grau de maturidade do órgão não é motivo para adiantar o parto, por exemplo.

 

Mas, afinal, para que serve a placenta?

A placenta é o órgão responsável pelo crescimento, pela oxigenação e pela alimentação do feto. Ela começa a se formar após o 16º dia de fecundação e geralmente se implanta no fundo do útero, não envolvendo todo o bebê. A placenta é irrigada por inúmeros vasos sanguíneos que recebem nutrientes e oxigênio do sangue da mãe para que cheguem até o bebê pelo cordão umbilical. Conforme a gestação avança, a placenta também amadurece. Esse é um processo natural, não representando nenhum risco para a vida da mãe ou do bebê.

 

O que são os graus da placenta?

O grau da placenta, que geralmente é avaliado nas ultrassonografias ao longo da gravidez, é uma forma de medir o amadurecimento do órgão:

 

Grau 0: é a placenta no início da gestação. Nessa fase, ela tem aparência homogênea, sem sinais de calcificação.

Grau I: comum no terceiro trimestre da gravidez.  A placenta começa a apresentar sinais de desgaste, calcificação e textura ondulada. Geralmente se mantem assim até as 28 – 30 semanas.

Grau II: com calcificação mais acentuada, principalmente na área que se liga ao útero, a placenta de grau II permanece desta forma até as 36 – 37 semanas de gravidez.

Grau III: é o grau máximo de maturidade da placenta, com calcificação acentuada e generalizada. No entanto, mesmo nesta fase, ela não deixa de desempenhar sua função até o fim da gestação.

“A avaliação do grau da placenta é subjetiva e examinador-dependente. Classificações diferentes podem ser dadas a uma mesma gestante dependendo do médico que está realizando o exame. Além disso, sabemos que a correlação entre o grau da placenta e sua função não é matemática. O exame que pode definir se a função está boa é o estudo Doppler. Não existe diagnóstico de sofrimento fetal ou indicação de interromper a gestação por achado isolado de maturidade placentária”, comenta a médica obstetra Dra. Juliana Chalupe, parte da equipe do Grupo Nascer de Curitiba.

 

Em que caso o grau de placenta é um sinal de alerta?

O envelhecimento da placenta chama atenção do obstetra quando ocorre precocemente.

“Essa alteração tem mais chance de ocorrer em gestações de alto risco, como por exemplo em gestantes fumantes, hipertensas ou com doenças de coagulação (trombofilias). Mesmo nesses casos, o achado isolado não tem significado. A indicação é monitorizar se há diminuição precoce do fornecimento de nutrientes para o bebê, por meio de ecografia com doppler”, conclui Dra. Juliana Chalupe.

 

Portanto, fique tranquila! Não se preocupe em antecipar o parto apenas pelo grau da placenta. Converse com seu médico e aguarde até que o seu bebê esteja realmente pronto para nascer.

 

 

 Grupo Nascer

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