relato samanta tolentino

“Cheguei a pensar em não ter mais filhos” –  relato de Samanta Tolentino

Samanta Tolentino teve as pernas amarradas no primeiro parto e chegou a pensar em não ter mais filhos. Agora, tem 4! O que mudou nessa história? Confira.

 

Tive a primeira gestação bem tranquila e saudável, porém o momento mais esperado por nós, o nascimento de nossa primeira filha, se transformou em um trauma que na época cheguei a pensar em não ter mais filhos.

 

Uma experiência para apagar da memória

Meu primeiro parto foi traumatizante. Sofri por ter sido submetida a intervenções desnecessárias. Meu parto foi induzido sem necessidade, sofri durante 12 horas sozinha (sim, sozinha!), pois não permitiram a entrada de meu marido para me acompanhar naquele momento tão desconhecido. Pedi água. Negaram. Quando meu corpo forçadamente conseguiu dilatar fui deitada em uma maca. Amarraram minhas pernas e, em volta, tinha uma plateia de estudantes de medicina. Comecei a ouvir frases nada inspiradoras: “Tá vendo? Ter filho é assim ó, vai querer mais um? Aposto que daqui a um ano você vai estar aqui de novo!”. Apertaram e empurraram minha barriga e, pra fechar com chave de ouro, uma enorme episiotomia nunca mais me deixou esquecer aquele momento.

Esses fatos me levaram a querer saber mais sobre como não sofrer. Tive meu segundo filho com um médico muito querido, mas que também usou métodos desnecessários. Foi então que, na terceira gestação, descobri o Dr. Álvaro Silveira Neto.

 

Dr. Álvaro, para confiar de olhos fechados!

Eu já havia ouvido muitos relatos do trabalho do Dr. Álvaro, mas foi após uma entrevista que assisti com ele que decidi procurá-lo. A terceira gestação foi totalmente diferente! Ele me explicava tudo. Todas as dúvidas que eu tinha, ele pacientemente sanava. Nas últimas semanas de gestação, meu bebe já estava na marca dos 4kg e minhas preocupações voltaram. Foi aí que eu realmente tive que confiar totalmente nele, que sempre me tranquilizava desmistificando o terror de ter um bigbaby. Mayte, minha terceira filha, nasceu com 4,430, 52 cm, num lindo parto humanizado.

 

A 4ª gestação

Minha experiência de parto mais recente foi com o nascimento do meu 4º bebê em 05/08/2017. Assim que descobri que estava grávida fiquei feliz pois eu já sabia quem seria o médico. Desta vez, minha vontade era ter um parto calmo. Tive uma gestação tranquila, fazendo todos os exames necessários, pois o cuidado maior era a questão do tamanho do bebê, já que eu tinha um histórico de gerar bebês grandes.

Com 37 semanas, as dores incomodavam bastante. Contrações iam e vinham, mas não evoluíam. Com 39 semanas e 3 dias, às 2 horas da manhã, comecei a sentir uma cólica. Tentei continuar dormindo, mas não conseguia. Fui ao banheiro várias vezes. Na última delas, saiu o tampão e um pouco de sangue. As cólicas se tornaram dor. Lá pelas 3h30 decidi ir para o hospital. Liguei para o Álvaro e fomos, cheguei lá com 7 centímetros de dilatação!

Me senti tranquila quando o vi. Fui direto pra sala de parto. Dr. Álvaro já entrou na sala afastando a luz para que ficasse mais escuro. Me ofereceu o chuveiro mas eu não quis e nos deixou à vontade. As dores já estavam muuuuuito fortes, meu marido sempre muito companheiro me apoiava a cada contração intensa que vinha. Caminhamos bastante e suas massagens aliviavam as dores. Suas palavras de incentivo e força me acalmavam e, nesse momento de intensa dor, minha certeza de que tudo que eu precisava estava ali se concretizou. Eu via na minha frente meu esposo Rodrigo e o Álvaro, meu médico. Me acalmava pensar que nada além da minha vontade aconteceria.

 

O respeito, acima de tudo

Mais uma hora de trabalho de parto, senti necessidade de pedir anestesia. Conversamos nós três. Então relembrei o combinado que havia feito com meu esposo, que quando eu sentisse que já não estava mais “prazeroso” pediríamos analgesia. Então, calmamente, a resposta do Álvaro foi: “A hora que você quiser, querida.”

Rapidamente ele chamou os anestesistas e a partir daí foi um trabalho de auto-conhecimento. Sem dúvidas, depois de passar por três partos, a quarta experiência foi a mais mágica. Eu jamais esquecerei esse momento. Duas enfermeiras na sala, a pediatra, o Álvaro, meu esposo e o silêncio. Todos em silêncio. Fechei os olhos e me concentrei em mim para sentir o momento certo de fazer a força. Esse foi o momento que eu mais me lembro com carinho, tamanha a concentração. Senti a mão e os dedos do Álvaro amparando a saída da minha querida Marya. Senti a cabeça dela vagarosamente passando por mim e, na força seguinte, o corpo saindo como se escorregasse. O silêncio só foi quebrado pelo primeiro choro da nossa Marya, que imediatamente veio para meus braços. Ainda ligadas pelo cordão, ficamos ali nos cheirando e nos conhecendo. Tempo depois, papai cortou o cordão e ela foi devidamente examinada.

Marya ela nasceu às 6h03 da manhã de um lindo sábado, com 3,910kg e 50cm. Ali mesmo recebi os cuidados com a saída da placenta e com os três pontos que precisei levar. Foi uma linda orquestra em que cada um, em silêncio, sabia o que deveria fazer, todos regidos por um maestro calmo e sábio que respeita o parto e o momento especial da família.

Sem dúvidas escolher um médico humanizado e com autoridade no assunto faz toda a diferença. A autoridade do Dr. Álvaro ao reger esse momento fez nossa segurança aumentar. Cada um dentro daquela sala fazia conforme ele comandava e isso resultou num lindo trabalho cheio de eternas boas lembranças.

 

Relato de Samanta Tolentino, paciente do Dr. Álvaro Silveira Neto.

 

Grupo Nascer

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *