O sexo na gravidez e no pós-parto
Muitas mulheres têm medo de que o sexo na gravidez seja prejudicial durante o período de gravidez. Na maioria das vezes, trata-se apenas de medo, embora existam alterações no organismo da mulher e também a liberação de hormônios que favorecem a diminuição do desejo sexual. Por isso, é importante que a gestante aproveite o momento das consultas de pré-natal para esclarecer essas dúvidas com seu médico.
Certamente, existem situações durante a gestação em que há contraindicação médica para a prática de relações sexuais, tais como o trabalho de parto prematuro, ruptura de membranas (quando rompe a bolsa), placenta baixa, ameaça de aborto, etc. Assim, as contraindicações são mais clínicas e estão associadas a alguma situação de risco da gravidez; não existem contraindicações relativas à idade gestacional, ou seja, ao tempo de gravidez.
Com o avanço da gravidez, algumas preocupações deixam de existir, como por exemplo, risco de aborto, porém, o desconforto pode aumentar. A princípio, não há motivos para se proibir a relação sexual em uma gestação saudável.
Contudo, a fim de diminuir esse desconforto que surge devido às alterações no corpo da mulher, existem algumas posições que são mais recomendadas, embora não haja uma regra, de modo que a mulher é quem deve buscar aquela que lhe seja mais confortável.
No 1º trimestre (primeiros três meses): as posições permanecem inalteradas se comparadas às praticadas fora do período de gestação;
No 2º trimestre (terceiro ao sexto mês): a posição em que a mulher fica por cima do parceiro pode permitir um maior conforto a ela e, por isso, poderia ser a mais indicada;
No 3º e último trimestre: a posição de lado, com a mulher na frente e o homem por trás é mais vantajosa.
No período do pós-parto, a mulher precisa se preparar física e emocionalmente para retomar sua vida sexual. A prolactina, que é o hormônio que passa a ocupar um grande espaço no corpo da mulher, em decorrência da amamentação, pode diminuir a libido. Além disso, a falta do estrogênio, que diminui nesse período, faz a vagina ficar menos lubrificada, fator que pode gerar dor ou ardência durante a penetração.
Dessa maneira, é importante a mulher conversar com o seu médico antes mesmo do parto, para poder se preparar para esse período, que pode ser mais, ou menos difícil, a depender de cada pessoa, já que há o cansaço das noites mal dormidas..
É um período que exige mais paciência, tanto da mulher como de seu companheiro, e conversar ajuda muito. O mais importante é que a mulher tenha consciência de que o que ela está sentindo vai passar, é apenas uma fase, e não é “coisa da cabeça dela”.
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