relato de Daffiny Nodari

Me senti respeitada em todos os momentos – relato de Daffiny Nodari

Relato de Daffiny Nodari Rosner, paciente do Dr. Carlos Miner Navarro.

Desde antes de engravidar meu desejo sempre foi ter um parto normal. Depois que descobri o parto humanizado, então tive certeza absoluta. Assistindo a vídeos de partos humanizados eu olhava e pensava: “eu preciso viver isso, sentir isso, não me imagino tendo meu filho de outra maneira”.

A busca pelo médico

Quando descobri que estava grávida começou a luta para encontrar um médico que me permitisse ter o parto que sonhei. Tentei três profissionais, mas nenhum me passou segurança. Então, graças a uma amiga, entrei em contato com a doula Patrícia Bortolotto e ela logo me indicou o Dr. Carlos Miner. Gostei muito dele logo na primeira consulta. Ele me passou muita segurança e confiança. Sabia que com ele eu teria o parto que desejava.

Perda do tampão

O Samuel encaixou com 36 semanas e com 36+6 eu comecei a perder o tampão mucoso. Dr. Carlos falou que provavelmente ele não chegaria a 40 semanas pois encaixou bem cedo e estava bem baixo. Os dias foram passando e nem sinal do Samuel. Quando completei 38 semanas tinha um encontro com a Patrícia e consulta com o Dr. Carlos. Os dois falaram que provavelmente ele nasceria depois de 39 semanas, o que me tranquilizou já que a Patricia estaria viajando nos próximos 5 dias. Ela deixou o contato de outras duas doulas caso ele decidisse nascer, a Patrícia Teixeira e a Simone Tessari.

Eis que dois dias depois eu acordei e meu tampão estava saindo com sangue, até então nada alarmante, pois não estava sentindo nada de diferente. No inicio da tarde, comecei a sentir umas dores diferentes na lombar, a Patrícia sempre dizia: “Contração de trabalho de parto é como uma onda”, e era isso que eu estava sentindo, com intervalo de 30 minutos. Decidi mandar mensagem para ela, só pra avisar que estava sentindo algo diferente. Ela falou que ainda não era trabalho de parto mas que eu deveria observar porque, se fosse, essas contrações iriam diminuir de intervalo.

À noite, por volta das 23 horas, as contrações vinham a cada 15 minutos e, então, eu pensei: “vou tomar um banho porque se não for trabalho de parto provavelmente elas diminuirão”. Só que não foi o que aconteceu. À meia noite elas vinham de 10 em 10 minutos. Tentei dormir, mas era impossível. Fiquei ali, deitada, esperando pra ver se evoluía.

Às 2h30 decidi acordar o Felipe para falar que as contrações estavam mais próximas e que provavelmente o Samuel iria nascer. Olhei no Whatsapp e a doula Patrícia Teixeira estava online. Expliquei o que estava sentindo e ela pediu pra eu monitorar por mais 20 minutos. O Felipe ligou para o Dr. Carlos e ele falou que se tivesse com menos de 5 minutos era pra ir para a maternidade.

De repente, 8cm de dilatação

Começamos a monitorar, as contrações vinham a cada 4 minutos, era hora de ir! Chegamos na maternidade por volta das 4h30. A plantonista avaliou e eu estava com 4cm de dilatação. Fui para o quarto com minha mãe e o Felipe. Esperamos a doula, que logo chegou. As dores eram fortes, mas suportáveis. Conseguia conversar sobre diversos assuntos com eles no intervalo das contrações. Era perto das 6h30 quando o Dr. Carlos chegou para avaliar. Eu já estava com 7 para 8cm de dilatação. Nossa! Muito rápido. Meu colo estava posterior, então ele precisava, além de dilatar, alinhar com o canal de parto.

Fui para o chuveiro, fiquei lá por 1 hora. O Felipe ficou comigo lá, foi um tempo nosso. Lembro que nessa hora eu falei pra ele: “amor, eu vou conseguir”. As dores eram fortes, mas eu estava aguentando super bem, eu tinha me preparado pra senti-las. Dr. Carlos avaliou novamente e estava ainda com 8, evoluiu pouco. O fato do meu colo estar posterior tornava o toque muito dolorido, era pior do que as contrações. Ele pediu pra eu fazer uma força durante o toque, rompeu a bolsa!

Partolândia… cheguei!

Nessa hora eu já estava em outro mundo, ouvi uma voz lá no fundo falando “rompeu a bolsa”. Parece que tudo ficou obscuro e em câmera lenta. Eu estava na partolândia! As contrações vinham com mais intensidade, eram mais frequentes, não conseguia mais conversar, apenas dormia entre uma contração e outra. Fui paro chuveiro outra vez. Passou um tempo, Dr. Carlos veio avaliar. Continuava no 8. Quando ele falou que continuava com 8cm para mim foi muito decepcionante. Não conseguia mais relaxar, o que só atrapalhou a evolução do parto.

Fraqueza

Eu estava me sentindo fraca, parecia que ia desmaiar durante as contrações. Nessa hora passou pela cabeça pedir analgesia mas eu decidi aguentar mais um pouco. Passou mais um tempo e não conseguia pensar na hipótese de passar por outro toque, era horrível, doía muito mais do que as contrações. As contrações estavam muito intensas, a cada 1 minuto. Então eu decidi pedir a analgesia. Dr. Carlos e a Patricia ficaram em silêncio na hora pra não interferir na minha decisão, afinal podia ser que eu não quisesse mesmo, só estava falando naquela hora por causa da dor. Então eu pedi mais uma vez, a Patrícia falou que era porque eu estava em fase de transição e que era normal nessa hora achar que não ia conseguir. Ouvi ela perguntando para o Felipe o que eu havia dito sobre analgesia durante a gravidez e ele disse que eu não queria, que não era pra dar e então respondi que sim, era pra dar, eu estava fraca e pensava que não iria conseguir fazer força pra ele nascer. Eu estava sem comer há 12 horas e sem dormir. Dr. Carlos perguntou se eu tinha certeza, se podíamos ir pro centro cirúrgico e eu falei que sim.

 

relato de daffiny nodari relato de Daffiny Nodari

A analgesia

Fui andando até a sala de parto, parando durante as contrações. Cheguei com contrações muito próximas, o anestesista precisou esperar por um intervalo maior para aplicar a analgesia. Ele aplicou e as dores pararam na mesma hora. Dr. Carlos chegou e eu já estava com 10 de dilatação. Comecei a fazer força, o Samuel estava chegando. Lembro que falava pra eles: “eu to fazendo força certo?”. “Sim, já estou vendo um cabelinho, disse o Dr. Carlos.

Sim, eu estava fazendo força certo, sim o Samuel estava quase nascendo.

Bem-vindo, Samuel!

Como eu não estava sentindo as contrações, eu fazia força quando era orientada pelo Dr. Carlos. Ele via que estava com contração, então eu fazia força e logo depois ele monitorava os batimentos do Samuel. Na quarta contração ele percebeu que os batimentos do Samuel estavam diminuindo então mandou chamar o pediatra e pegou o fórceps pra ajudá-lo a entrar no canal de parto. Ele tirou o fórceps e, na próxima contração, fiz força e O SAMUEL NASCEU! Apenas 30 minutos depois da analgesia.

Quando vi a cabecinha dele saindo, nem acreditei, eu tinha conseguido! O Dr. Carlos falou: “pode pegar ele, puxe”. Eu peguei ele direto em meus braços e coloquei no meu peito. Ele chorou, o choro da vida, no dia 20/08/2017 às 10h30 da manhã, uma manhã nublada após uma madrugada chuvosa. Enquanto o Felipe cortava o cordão umbilical ficamos ali eu e ele, eu o cheirei, beijei, admirei sua perfeição e agradeci. Eu o amei profunda e incondicionalmente desde o primeiro momento.

O parto do Samuel foi a melhor experiência da minha vida, foi intenso, foi humano, foi divino.

Ter uma equipe preparada faz toda diferença.
O Dr. Carlos e a Patrícia foram essenciais para que tudo ocorresse da forma que eu queria. Me senti respeitada em todos os momentos. Viveria tudo outra vez, não poderia ser de outra maneira.

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